São Paulo tem um lugar onde é possível escutar em sequência as músicas “Canto para o Senegal”, “Povo Comum Pensar”, “Alfabeto do Negão” e “Haja Amor”, enquanto se toma uma cerveja Guerrilheira e se joga uma conversa fora sobre empoderamento da mulher negra ou outro tema igualmente inteligente. Trata-se do Aparelha Luzia, centro cultural-bar-lugar-de-resistência ou “associação-preta-política-artística-gentista-destruidora-das-razões-dominantes”, como prefere a aguerrida artista Erica Malunguinho, à frente do espaço localizado no mais charmoso galpão do centro paulistano. O nome emblemático é uma homenagem aos aparelhos dos anos 1960 e 1970, que abrigavam aqueles que lutavam contra a ditadura, apelido agora vertido para o feminino combinado com Luzia, nome da primeira brasileira, de traços negros e cujo fóssil data de 12 mil anos atrás. No mês de novembro o Aparelha Luzia fará parte da programação do festival Feira Preta e recebe artistas de diversas linguagens para uma noite imersiva de Moçambique. Rapper, Designer de moda, Bailarinos, produtores Culturais trarão performances, comida, música entre outros elementos que visibilizam o poder da diáspora africana.
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