Cultura, Inclusão Social e Cidadania para diminuir as desigualdades
Saiba o que aconteceu no Seminário Nacional “A Cultura como erradicação da Miséria”em Brasília.
Por Jacqueline Freitas
“Cultura, inclusão social e cidadania” foi o tema que abriu os debates do Seminário Nacional “A cultura como veículo de erradicação da miséria”, na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília, como parte das comemorações dos 23 anos da Fundação Cultural Palmares.
Sob a coordenação do diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da FCP, Alexandro Reis, participaram da mesa: a secretária de Cidadania Cultural, do Ministério da Cultura, Marta Porto; o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Inocêncio e a presidenta do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa.
“Na década de 1930, o Estado brasileiro começou a se debruçar sobre o tema inclusão social e, somente em 1988, a Constituição ampliou esse conceito, envolvendo a cultura”, disse Alexandro Reis. Na oportunidade, o professor Nelson Inocêncio enfatizou que “a erradicação da miséria passa, sobretudo, pela erradicação da pobreza do conhecimento”.
O incentivo a grupos culturais como forma de reduzir as desigualdades e a pobreza foi um dos destaques da fala da secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura. Para Marta Porto, não é possível tratar os desiguais de uma forma igual, por isso, uma das metas do MinC é promover iniciativas que contemplem a cultura afro-brasileira.
Economia criativa afro-brasileira
Durante o debate, a economia criativa, que caracteriza o novo modelo de gestão e negócios baseado no bem intelectual, foi apontada como um dos mecanismos para a melhoria das condições social e cultural da população negra no país. O que já tem sido visto nos projetos desenvolvidos pelo Olodum, AFroReggae, Nós do Morro e Gum Boot. Outro exemplo apresentado foi a Feira Preta, realizada há 10 anos em São Paulo e hoje é considerada o maior evento de cultura negra da América Latina. Segundo a produtora cultural e idealizadora da Feira Preta, Adriana Barbosa, todos esses projetos começaram como movimentos sociais e, atualmente, são empreendimentos que efetivamente compõem e contribuem para a cadeira produtiva da cultura.
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